E na noite, ele caminhava. Invertendo os sentidos que o eram apresentados, apenas podia saborear o conhecimento de sua própria desilusão com aquilo que já tinha sido importante e não era mais, ou melhor, que ainda era importante, mas não tinha mais condições de ser. No alto da cidade, uma torre se conservava, com sua luz alaranjada sendo ludibriada pela névoa, diferente do lúcido homem que respirava solidão acompanhada da previsão da morte causada pelo fato de não se ter nada nos pulmões além dela, mas com a convicção de que tudo voltará a ser o que era, só que não com os mesmos elementos e as suas partes; já que tudo um dia mudara, tudo um dia mudará e a única escolha para quem está sem ar é se encher.
(continuarei um dia, quem sabe)
domingo, 5 de outubro de 2008
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