segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Para me livrar

Sente e escreva aquilo que te dói
sem ter garantia de melhora
apenas exponha aquilo que te destrói
tentando colocar tudo para fora

Porque é mais fácil chorar em vão
do que encarar os fatos e jogar os dados
Querendo, quem sabe, uma ressurreição
um outro dia claro para olhar os prados

Mas não se espante, amigo, se ninguém te entender
se o tempo, sorrateiro e rude, a você trair
e não aparecer alguém para te socorrer

E não se assuste, também, se tudo mudar
se a esperança brotar tímida e depois surtir
então, dos dias ruins, você não vai nem lembrar

Um comentário:

Simone disse...

Existem dois remédios para o fim do sofrimento: o tempo e a exposição da dor. As outras tantas maneiras não funcionam, só fazem parecer que está tudo bem enquanto você acumula dor após dor.
Lindo poema!
Um beeijo!