vem, eu quero te mostrar
se não for para pensar, então pra quê?
posto que hoje já sorriste
não será a hora de chorares?
vê, já estão cansados
de ludibriar o mundo
padecem calados
felizes só por um segundo
e seguem tolos, carentes
suplicantes de amor
sorrindo sem dentes
preferem ser duros
a se livrar da dor
pois, anda comigo
vamos todos lado a lado
porém, sem virar o rosto
visto que é pecado
notar o desgosto
sábado, 13 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Yuri
Yuri tinha seu nome por causa de seu compatriota, Yuri Gargarin, que nasceu na URSS, já ele era apenas um husky siberiano brasileiro.
Yuri não foi o primeiro homem a ir ao espaço, nem chegou a conquistá-lo, mas seus olhos eram tão azuis quanto a Terra que Gargarin viu e eternizou: "a Terra é azul".
No dia 27 de março de 1968, o jato que Gargarin pilotava caiu, uma trágica morte para um herói mundial.
No dia 30 de maio de 2009, Yuri ingeriu veneno no sítio vizinho, uma sofrida morte para alguém de coração puro.
Yuri era um dos últimos laços vivos que eu tinha com a minha infância que não se modificou muito, ainda era o mesmo preguiçoso e independente companheiro.
No dia 20 de maio, dez dias antes da sua morte, entreguei um trabalho no qual devia recordar de um local importante na minha infância, o local que escolhi foi a antiga chácara dos meus avós, onde passei todas minhas férias de menino. Finalizei o trabalho com o seguinte parágrafo:
"Yuri, que ainda vive no novo sítio dos meus avôs, foi o único cachorro que conheceu, e bem, a antiga chácara e ainda está vivo. Hoje, velhinho, sinto que ele deve se lembrar daquela época com carinho, assim como eu, e, ao me olhar tão crescido, deve pensar que tudo mudou, enquanto que eu o olho e penso que, de certa forma, muita coisa sobreviveu."
Às vezes, surpreendo-me como todos são iguais em alguns aspectos, acho que todos, quando perdem uma pessoa querida, desejam ter mais um momento com ela. Eu queria ter mais um dia com você, Yuri.
Yuri não foi o primeiro homem a ir ao espaço, nem chegou a conquistá-lo, mas seus olhos eram tão azuis quanto a Terra que Gargarin viu e eternizou: "a Terra é azul".
No dia 27 de março de 1968, o jato que Gargarin pilotava caiu, uma trágica morte para um herói mundial.
No dia 30 de maio de 2009, Yuri ingeriu veneno no sítio vizinho, uma sofrida morte para alguém de coração puro.
Yuri era um dos últimos laços vivos que eu tinha com a minha infância que não se modificou muito, ainda era o mesmo preguiçoso e independente companheiro.
No dia 20 de maio, dez dias antes da sua morte, entreguei um trabalho no qual devia recordar de um local importante na minha infância, o local que escolhi foi a antiga chácara dos meus avós, onde passei todas minhas férias de menino. Finalizei o trabalho com o seguinte parágrafo:
"Yuri, que ainda vive no novo sítio dos meus avôs, foi o único cachorro que conheceu, e bem, a antiga chácara e ainda está vivo. Hoje, velhinho, sinto que ele deve se lembrar daquela época com carinho, assim como eu, e, ao me olhar tão crescido, deve pensar que tudo mudou, enquanto que eu o olho e penso que, de certa forma, muita coisa sobreviveu."
Às vezes, surpreendo-me como todos são iguais em alguns aspectos, acho que todos, quando perdem uma pessoa querida, desejam ter mais um momento com ela. Eu queria ter mais um dia com você, Yuri.
Assinar:
Postagens (Atom)