quinta-feira, 28 de junho de 2007

Das impossibilidades

A abelha é um dos animais que mais me fascina. Na verdade quase todos os animais me causam admiração, porém alguns mais, e as abelhas estão nesse quadro. Não apenas pela enorme capacidade de organização que tive oportunidade de estudar quando fiz meu curso de apicultura uns anos atrás(procuro a minha apostila até hoje para reler), também pela sua criatividade(algumas abelhas indígenas, que tem ferrões atrofiados, se enrolam nos pelos causando dor ou simplesmente entram pelos orifícios que acham, narinas, ouvidos...), mas principalmente por um estudo até que bem conhecido que diz que a abelha é incapaz de voar. Segundo a pesquisa a abelha não tem forma aerodinâmica e é muito pesada para o tamanho de suas asas, então como ela voa?

Agora você pode estar temendo que eu comece um discurso de auto-ajuda, pois não vou.

A possibilidade do impossível me fascina porque sempre o quis em minhas fantasias. Desde pequeno meu pedido ao cortar o bolo de aniversári, ver uma estrela cadente ou qualquer outra coisa sempre foi ser imortal. Quando falava isso sempre argumentavam que deve ser horrível ver todos que você gosta morrerem e continuar vivo, mas nunca me incomodei com isso(provavelmente isso tem origem no meu conceito de morte, sobre o qual posso discorrer no futuro). Só de pensar em ficar aqui e observar tudo que acontecerá no mundo até o seu último dia vale mais do que a pena esse sofrimento.
Por isso gosto da personagem Vigia, da DC. Por isso gosto de história. Por isso gosto de ciência. Não é a ciência apenas uma forma de conhecer o mundo? Hoje percebo que esse é o meu maior prazer e ao ver posições, antes defendidas até por mim, que a vida não tem razão alguma para existir só posso pensar que são absurdas. Não existindo sentido na vida, não existiria sentido na ciência. Não existindo sentido na ciência, não exestiria sentido em minha vida.







Ou devo levar a ciência como uma forma de prazer que existe apenas para dar alívio ao homem?
Nada sei

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Grandes Homens

Do que são feitos grandes homens?
De atitude e um bocado de sorte eu diria. Quando eu penso em pessoas assim me recordo de algumas histórias, verdadeiras, de personagens importantes. São Francisco de Assis, já é sabido que na época pessoas criavam pássaros soltos que se domesticavam e ficavam mansos, livres para ir e voltar(algo semelhante ao que minha avó fazia, tive vários passarinhos que andavam no meu ombro na rua quando era pequeno), então ao fazer um discurso, esse futuro santo que já carregava muito prestígio aponta para o horizonte e eis que pousa uma dessas aves em seu braço.
Mais magnífico ainda são momentos que não dependem apenas do "destino"(entre aspas pois não acredito neste), mas de uma certa coragem e idéias brilhantes. Napoleão(uma das minhas figurinhas históricas favoritas por causa das suas atitudes), em uma batalha onde seus homens estavam sendo violentamente alvejados pelas balas dos inimigos, temendo assim avançar, tomou a frente do pelotão. Um soldado preocupado alertou seu comandante-em-chefe do perigo e este respondeu "Ainda não foi fundida a bala que me matará".
Há momentos em que apenas sabemos que tudo irá funcionar, há outros
que algo simplesmente acontece, ambos constroem grandes homens. Alguns podem indagar se esses acasos não tivessem ocorrido eles seriam menos do que são, afinal todas as suas qualidades que os tornaram importantes ainda existiriam, mas eu acredito que não. Como no filme do Woody Allen, "Match Point", onde o protagonista encerra a película dizendo "Se me perguntassem se eu prefiro ser um homem habilidoso ou um homem de sorte, eu responderia que prefiro ser um homem de sorte".


Afinal um goleiro com mãos rápidas pode salvar um time, mas um goleiro com sorte ganha o campeonato.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Aprender, arrepender e outras conexões

Não existe pessoa mais errada do que aquela que usa o velho lugar-comum dizendo que nunca arrependeu-se do que faz. Muitas vezes essas pessoas se utilizam desse chavão sem refletir, apenas para demonstrar como são convictas e fortes. Mas como reação expõem suas fraquezas, uma pessoa que precisa parecer melhor para si, de fora para dentro. Não que não estamos todos sujeitos a isso, o que importa é como lidamos com isso, uma pessoa assim dificilmente melhorará nesse aspecto.
Todos os dias me arrependo de algo que fiz, pensando que poderia ter feito algo melhor, ou mesmo não ter feito. Isso não indica que sou incompetente, mas que sou imperfeito. Reconhecer sua imperfeição é o primeiro passo para muitas coisas, entre elas a mais importante seja o auto-conhecimento, motivo que levou à criação da ciência.

O que não se pode confundir é com a consciência de que o erro e a tristeza são bons. Afinal, como os orientais a muito descobriram e nós estamos começando a compreender, não existe alegria sem tristeza.

Agora mesmo estou um pouco arrependido de escrever esse texto, que não ficou coeso e expressivo como gostaria. Também recorri diversas vezes ao dicionário, sinal que meu vocabulário está mais pobre. Simultaneamente há o pensamento que deveria estar estudando química e física agora e que deveria escrever mais aqui, incoerências da vida.